sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ORSON PETER CARRARA: Por que sou tão infeliz?

ORSON PETER CARRARA: Por que sou tão infeliz?: por Orson Peter Carrara                  O fim de ano acentua a tristeza e a melancolia em muitas pessoas, nas recordações de perdas vari...

Retornando com alegria

Depois de um ano passado estou de volta. Muita coisa aconteceu, muitos pensamentos, muitas dores, muita superação.
Confesso que até queria estar aqui compartilhando com vocês as superações porque as dores sempre existirão. Mas não conseguia acessar o meu blog, rs. A cabeça estava a mil que nem conseguia pensar.
Mas tudo passou, e o que tiro de tudo, e de todos os pensamentos que passaram pela cabeça foi que sem ação nada muda.
E aos poucos fui me reerguendo novamente. Nesse período cometi alguns erros sem acertos, mas quem sabe um dia tudo se acerta.
Apesar das dores sofridas, não me fazem uma pessoa perfeita. rsrsrs
Vou tentar relatar os momentos que tive como presente a presença do Matheus no ano que passou.
Como escrevi na última postagem, a minha concunhada faleceu. Foi tudo muito sofrido e desesperador para minha sogra e seu filho.
Por alguns meses tudo ficou enrolado, amortecido, dolorido e para voltar ao meu normal foi complicadíssimo. A pessoa que ainda sofre muito, a minha sogra, precisou de ouvidos, ombros e muito apoio de presença. Abdiquei de tudo por um período, valeu a pena. Depois de muito esforço e trabalho voltei para as minhas atividades.
Nesse período tive a felicidade de receber uma rosa e uma pequena mensagem de meu filho no dia das Mães. Que ele estava bem e que estava me dando um abraço. Eu o senti como no meu colo. Momento único. Sem igual. Eu senti, como sempre sentia a sua presença em casa. Engraçado, naquela semana eu estava carente de abraço. Abraço espontâneo, abraço de filho. Matheus dava abraço gratuito, sorriso e falava muito. Mas naquele tempo eu e o Diogo estávamos estremecidos, e daí não tinha ninguém pra esse abraço...
Foi então que meu menino veio sem pedir, sem pensar que isso seria possível. Eu estava triste, desabafando mentalmente e foi aí que tudo aconteceu com a Lúcia, minha amiga que senta ao meu lado descreveu tudo e os sentidos ficou por minha conta.
Deus é tão bom e misericordioso que não precisa pedir. Ele dá o necessário. E o meu necessário foi dado o suficiente para me levantar de novo, outra vez.
Sabe, depois disso não me recordo de mais nada até o momento. Só sei que o Matheus não frequenta a nossa casa como antes. Raramente, os nossos pensamentos de saudades se cruzam. O segredo de não sofrer intensamente é de não ficar pensando na ausência e se lamentar.
Sei que cada um reage de maneiras diferentes, porém, estamos aqui para aprendermos. Reagir é um aprendizado difícil mas que se faz necessário para vivermos o melhor possível e não arrastarmos correntes para o resto da vida.
Eu não quero arrastar correntes para o resto da vida, quero sim ter lembranças saudáveis.