terça-feira, 5 de outubro de 2010

Querendo ou não, aconteceu...

15/03/10
Oi Má.
Apesar de todo entendimento, ultimamente estou sentindo muuuuito a sua falta. Dói tanto, que as vezes penso que  vou morrer. Parece mentira sabe? Parece que você vai entrar pela porta a qualquer momento.
Que você vai me dizer "oi mãe", "tchau mãe" e sai pra namorar. Não sabia que ia sentir tanta falta de um simples oi seu. Dói tanto... O que me faz ficar um pouco mais tranquila é quando seu pai brinca um pouco. Daquele jeitinho dele sabe? Brinca, mas o peito dele tá explodindo de tanta falta que você tá fazendo. O Di, ah o Di, continua o de sempre, com a diferença que me mostra todos os dias que não posso depender dele, que tenho que caminhar sozinha. Que tenho que me esforçar pra manter as minhas próprias forças se não envelheço querendo bengala a todo  momento. Você fez isso comigo. Talvez seja isso que eu tenha ganho força pra suportar a sua ausência.
Não dependia de você. Mas em compensação tenho tantas lembranças de idas e vindas com você. A certeza de que tive presente na sua vida, nas suas necessidades. Só no último ano que as coisas começaram a mudar. Estranho não é?
Você, dono do seu nariz, não precisando mais da mãe como antes. Menino que estava crescendo com
responsabilidade, embora parecesse um molecão, brincalhão, briguento, e doce. Ah Matheus, como amo você.
Com tudo o que aconteceu percebi que a paciência, o amor pelos que se aproximam de mim ficaram mais intensos.
O respeito pelas motos aumentaram. Cada um é como se fosse você passando e eu dando espaço pra você passar.
Me perdoe pelas lágrimas que insistem em rolar pela minha face. Não se entristeça por nós, porque é passageiro e tudo vai dar certo. Vai passar... um dia. Um dia nos encontraremos e vai ser o dia mais ensolarado de minha vida, com direito a um belo arco-íris coroando esse reencontro.
Obrigado filho. Deus te abençoe!









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